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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Festa do Bonfim

Festa do Bonfim é uma celebração religiosa que tem lugar em Salvador da Bahia, Brasil. Acontece no segundo domingo depois do Dia de Reis, no mês de Janeiro, com novenário solene e exposição do Santíssimo Sacramento pelo capelão da Igreja do Bonfim. A Festa não deve ser confundida com a tradicional Lavagem do Bonfim, de caráter afro-religioso (embora atualmente se revista mais um perfil ecumênico), a qual ocorre na quinta-feira que a antecede, com grande participação do povo, carroças enfeitadas puxadas por animais e as tradicionais baianas com seus vasos com água perfumada, mais conhecida como água de cheiro.


É fato que a Lavagem do Bonfim é mais popular que a Festa do Bonfim, que ocorre no domingo que se segue, tanto que muitas vezes a Lavagem é erronemente denominada Festa do Bonfim. Teodósio Rodrigues de Farias, oficial da Armada Portuguesa, trouxe de Lisboa uma imagem do Cristo, que, em 1745, foi conduzida com grande acompanhamento para a igreja da Penha, em Itapagipe.
Em julho de 1754, a imagem foi transferida em procissão para a sua própria igreja, na Colina Sagrada
, onde a atribuição de poderes milagrosos tornou o Senhor do Bonfim objeto de devoção popular e centro de peregrinação mística e sincrética. Foram, então, introduzidos motivos profanos e supersticiosos no culto. A lavagem festiva acontece com a saída, pela manhã da quinta-feira, do tradicional cortejo de baianas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, o qual segue a pé até o alto do Bonfim, para lavar com vassouras e água de cheiro as escadarias e o átrio da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim.


Todos se vestem de branco, a cor do orixá, e percorrem 8 km em procissão, desde o largo da Conceição até o largo do Bonfim. O ponto alto da festa ocorre quando as escadarias da igreja são lavadas por cerca de 200 baianas vestidas a caráter que, de suas quartinhas – vasos que trazem aos ombros – despejam água nas escadarias e no átrio da igreja, ao som de palmas, toque de atabaque e cânticos de origem africana. Terminada a parte religiosa, a festa continua no largo do Bonfim, com batucadas, danças e barracas de bebidas e comidas típicas. O cortejo reúne anualmente milhares de fiéis em busca da proteção das águas perfumadas para limpeza do corpo e da alma.
Essa festa é muito importante para os baianos, pois mostra a fé que eles tem no Senhor do Bonfim. A lavagem festiva tem a participação de seguidores do catolicismo, umbanda e candomblé, já que o Senhor do Bonfim de acordo com o sincretismo religioso na Bahia corresponde a Oxalá.

(fonte: culturabaiana.com.br)

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